Etnocentrismo
Etnocentrismo é a forma limitada de análise do ser humano e de seus comportamentos.
O indivíduo etnocêntrico tem apenas 1 parâmetro, apenas 1 ponto de referência. Ele possui apenas a própria ótica, a própria cultura desse indivíduo que está fazendo a análise.
O ser etnocentrico julga os outros com base no que ele está acostumado, com base no que ele é.
Se um japonês etnocêntrico chegar no brasil e visualizar mulheres de fio dental na praia, ele ficará horrorizado.
Ele poderá achar que são todas garotas de programa.
Se um brasileiro for para a Arábia e descobrir que lá ele pode ter 4 esposas, esse brasileiro ficará horrorizado
também. Ele nao está acostumado em oficializar as amantes dessa forma.
Uma ótima dica de filme para entender o tema é o documentário Baraka, que pode ser assistido abaixo:
Vemos então que um indivíduo etnocêntrico enxerga as normas e valores da sua cultura como sendo superiores a outras culturas. Tal visão ignorante gera preconceitos.
Diz-se ignorante pois desconhece as diferenças nos hábitos culturais, levando a intolerância por quem é diferente. Tal pensamento é a raiz para muitas atitudes preconceituosas, racistas e xenófobas.
Por óbvio, sabemos que o fato de uma cultura possuir seus costumes específicos não a torna certa ou errada, inferior ou superior a outra. São culturas diferentes em jogo. O relativismo é o movimento contrário ao etnocentrismo.
Chamamos também de estranhamento a essa forma etnocêntrica de encarar os demais, e esse modus operandi se relaciona com o conceito de estereótipo,
Os estereótipos são uma maneira de considerar as características de um povo como vindo apenas da biologia.
Inclusive, daí vem os preconceitos. Afinal, se você estereotipou alguém, você forma seu conceito apenas com base nessa visão prévia que já vem definida por você, o encaixe no estereótipo.
Materialmente temos aí a geração de preconceitos referente à diversos tipos de diversidades como as religiosas, as de gênero, de raça, financeira, de localização, entre tantas outras.
Ou seja, é pelo etnocentrismo que enraiza-se o racismo, a xenofobia, a intelerância, e outros tipos de ódio ao próximo.
Tal elemento da sensação de dominância que o ser humano sempre busca perante seu semelhante. O desejo de dominar alguém está enrustido nessa espécie, e a falta de conhecimento pode permitir que esse instinto animal se manifeste violentamente.
É fundamental entender esse conceito, especialmente para um advogado especialista em direitos de personalidade ou em direitos humanos, visto que essas demandas costumam exigir uma tese humanitária mais densa para fomentar a dialética nos diversos graus do judiciário.
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